domingo, 9 de junho de 2013

POEMA - PEDRO JOSE DE CAMARGO

Envio um soneto escrito pelo meu pai Pedro Jose de Camargo , editado do livro de sua autoria "Una Nau Singra os Mares e Sonetos".

Tempestade

Rápido, um raio rubro o coração do espaço
fere, e atroa, veloz de rebento em rebento,
e de estrondo em estrondo, impelido no vento
que assobia e remoinha, uníssono e devasso

Morre na altura o sol... Tolda-se o firmamento...
Em borbotões de enxurro abrem-se os nimbos Lasso,
no clangor insinuoso e efêmero de um traço,
um novo raio explode e o ilumina, sangrento.

Fende-se a terra... E, o mar, do báratro profundo,
em tétrica tormenta o dorso enorme alteia,
e tomba, e rola, e cai, convulsionado o mundo.

E retumba e ribomba o trovão ribombando...
E o vendaval, rugindo, o infinito incendeia,
e a terra, e o céu, e o mar confundem-se, rolando...

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Prof.  Maria Amelia de Camargo Zenezi

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